Situação decorrente do grande incêndio de Outubro
A EDM – Empresa de Desenvolvimento Mineiro está, desde o dia de ontem, a realizar trabalhos com vista à extinção dos focos de combustão nas escombreiras das antigas Minas de Carvão do Pejão, em Germunde, decorrente dos incêndios florestais ocorridos em Outubro do ano passado.
Segundo informação anunciada pela empresa, os alvos são as áreas do antigo Campo do Pejão e da Serrinha, através da utilização das mesmas metodologias, já aplicadas com sucesso nas áreas já extintas, extinção considerada condição indispensável para o início das medidas de médio e longo prazo que garantam a minimização do risco de ocorrência de situações idênticas no futuro.
O ”Relatório Técnico” elaborado pela EDM em 22 de Janeiro deste ano, relativo à caraterização e definição de medidas de extinção dos focos de combustão, previa a mobilização e extinção dos 4 focos de combustão identificados, dos quais 2, designados A1 (Serração) e A2 (Refeitório), assumiam carácter mais prioritário face aos níveis das emissões para a atmosfera e à proximidade de zonas habitacionais.
Após a instalação imediata em 15 de janeiro de uma estação de medição da qualidade do ar na zona mais crítica, a EDM avançou com a intervenção de fundo em 6 de Fevereiro, focalizada na extinção dos focos de combustão (Serração) e (Refeitório), que teve o apoio financeiro dos Ministérios da Economia e do Ambiente.
Contudo, conforme possibilidade antecipada no “Relatório Técnico”, as condições operacionais revelaram-se mais exigentes que o previsto, envolvendo a mobilização de cerca de 110 mil metros cúbicos de materiais em combustão, praticamente o dobro do volume estimado na fase preliminar de avaliação em que não era possível caracterizar em detalhe, nem a totalidade dos focos, nem a profundidade da sua localização.
Esta situação obrigou à reprogramação da acção prevista para os quatro focos de combustão em duas fases sequenciais, a primeira das quais ficou concluída a 15 de Março, nos focos A1 e A2, encontrando-se totalmente extintos e sem emissões atmosféricas.
As medições da qualidade do ar, após a cessação dos trabalhos relativos à 1ª fase, permitiu comprovar que as soluções implementadas se revelaram ajustadas ao objectivo de extinção dos focos de combustão intervencionados.
Para a implementação deste processo foi crucial a colaboração institucional da Câmara Municipal de Castelo de Paiva e dos Ministérios da Economia e do Ambiente, bem como da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e do Fundo Ambiental.
O edil paivense Gonçalo Rocha não deixou de evidenciar satisfação da EDMcontinuar a dar prioridade a esta situação em Castelo de Paiva, mostrando-se agradado pela forma com as entidades se debruçaram sobre este problema, procurando uma solução técnica rápida e eficaz, referindo continuar a acompanhar este caso com toda a atenção e responsabilidade, tendo sempre em conta a saúde pública e a protecção de quem vive por perto, ficando evidenciada a garantia dos técnicos presentes de que, a situação continua a não representar perigo para a população, sendo fundamental avançar com medidas urgentes e necessárias que visam, essencialmente, proceder à recuperação ambiental e paisagística desta área da antiga zona mineira do Pejão, com a implementação dos respectivos trabalhos complementares, para proceder à extinção definitiva dos focos de combustão e realizar os ajustamentos necessários nas escombreiras no sentido de evitar novas ocorrências no futuro.
Carlos Oliveira / Assessor de Imprensa
Gabinete de Imprensa e Relações Públicas