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Comunidade de Abragão chocada com decisão da DGESTE por excluir 15 crianças do Centro Escolar da freguesia

por admin

Centro Escolar de Abragão tem condições para acolher crianças

Pais das crianças pedem maior compreensão e já solicitaram audiência ao Delegado Regional da DGESTE e ao Ministério da Educação

A comunidade educativa de Abragão está incrédula e chocada com a decisão da DGESTE (Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares) em excluir cerca de 15 crianças do Centro Escolar de Abragão. Este descontentamento e sentimento de injustiça foi ainda oficializado com um abaixo-assinado por parte dos pais das crianças e que contou com o apoio da Junta de Freguesia de Abragão e da Câmara Municipal de Penafiel.

A Vila de Abragão é uma das freguesias do Tâmega e Sousa com maior taxa de natalidade, e com um elevado número de crianças em idade escolar.

Prova disso são os últimos 5 anos em que o Centro Escolar acolheu 3 turmas de Jardim de Infância (JI), e nos últimos 20 anos, pelo menos 2 turmas de JI, com excelentes condições físicas e materiais.

Surpreendentemente, a Vila de Abragão assistiu, este ano, a uma decisão precipitada e irreflectida por parte da DGESTE ao criar apenas 1 turma de JI, excluindo cerca de 15 crianças da sua área de conforto e residência, provocando um sentimento de revolta e frustração por toda a comunidade.

Atualmente, a freguesia possui cerca de 40 crianças em idade pré-escolar (inicialmente 32 inscritos e depois com mais 8 inscrições), números mais que suficientes para a criação de, pelo menos, mais uma turma no centro escolar de Abragão.

A única turma aceite pela DGESTE, está constituída com 25 alunos, com idades muito heterogéneas e por isso que carecem de cuidados, atenção e acompanhamento muito distintos.

De ressalvar que os encarregados de educação acompanharam, desde o início, esta situação e tiveram o cuidado de agilizar todos os pormenores com as educadoras e auxiliares de ação educativa no sentido de tentar perceber as carências dos alunos, tendo sido identificadas crianças pouco autónomas e emocionalmente instáveis.

Para além disso, e para agravar toda esta situação, foram informados que alunos deste grupo ainda necessitam de utilizar fraldas (carecendo de um cuidado mais permanente) e ainda estão em processo de avaliação para uma possível integração ao abrigo do Decreto-Lei n.º 54/2018.

Uma possível transferência/deslocação destas crianças da sua terra natal para as freguesias vizinhas, vai provocar instabilidade emocional, e obriga-las a desvincular afetos com amigos e familiares. O percurso é difícil, cheio de curvas e acarreta custos extra no transporte assim como desgaste nas crianças.

Face a esta situação delicada, a comunidade escolar de Abragão pede uma maior compreensão sobre este caso e espera que a situação seja retratada e revertida por parte da DGESTE, inserindo as crianças de Abragão no Centro Escolar de Abragão, estabelecimento devidamente equipado e com condições de excelência para acolher todas as crianças inscritas para o Jardim de Infância.

Os pais solicitaram ainda uma audiência ao Delegado Regional da DGESTE e ao Ministério da Educação, situação ao qual ainda não obtiveram resposta.

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