O projeto “DNA – Digital Nomads Adventure”, desenvolvido pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIM do Tâmega e Sousa) e pelas Câmara Municipais de Amarante e Baião, bem como pelas Câmara Municipais de Cabeceiras de Basto e Mondim de Basto, foi um dos vencedores da 1.ª edição do Programa ALA+T – Programa Nacional de Qualificação da Administração Local Autárquica para o Turismo, promovido pelo IPDT – Turismo e Consultoria e pelo Turismo de Portugal.
A cerimónia de entrega dos prémios decorreu ontem, dia 20, em Castelo Branco, e contou com a presença da Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, do Presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, e de representantes de cerca de uma centena de autarquias nacionais.
O projeto “DNA – Digital Nomads Adventure” pretende criar uma oferta diferenciada de turismo a nível regional, tendo como foco a criação de condições para tornar este território como o primeiro espaço rural amigável para um segmento de mercado em rápido crescimento a nível mundial: os nómadas digitais.
Os nómadas digitais são jovens trabalhadores independentes, altamente qualificados e interconectados com o mundo, através do smartphone e do computador, e que fazem do mundo a sua sala de trabalho. Estes jovens evidenciam um grande interesse por experiências que assentem na autenticidade, na integração cultural dos territórios e na interação com os residentes. São, por isso, pessoas que conciliam a sua atividade profissional com a turística, movendo-se de região em região, de país em país, por períodos que vão de alguns dias a alguns meses.
Como jovens digitalmente interconectados, as suas experiências, vivências e percursos são constantemente publicados nas redes sociais, promovendo o território junto da sua rede de contactos, maioritariamente composta por indivíduos com perfil idêntico.
Com este projeto pretende-se estruturar um produto turístico direcionado, através da agregação da oferta de alojamento, de locais que possibilitem o coworking, de redes e eventos profissionais e de experiências turísticas autênticas, preparando, assim, o território para receber este tipo de turistas. Um território capaz de oferecer experiências de vida nómada, de contacto com a natureza e com a cultura inerente aos territórios de baixa densidade, em locais com diferenciação de produtos endógenos e de tradições, mas um território igualmente moderno e aberto à inovação e ao mundo.
O projeto “DNA – Digital Nomads Adventure” foi reconhecido pelo Programa ALA+T pelo seu grau de inovação, cooperação territorial e contributo para a valorização dos destinos e das suas comunidades. Com este prémio, o grupo garante apoio financeiro do Turismo de Portugal para a concretização do projeto.
O Programa ALA+T, que decorreu entre setembro de 2018 e fevereiro de 2019, em regime b-learning e teve a duração de 65 horas presenciais, acrescidas de acompanhamento online, terminou ontem com a apresentação dos 19 projetos a concurso, que envolveram 160 participantes de todo o país.
CIM do Tâmega e Sousa
21 de fevereiro de 2019