Foi num ambiente informal que na manhã de quarta-feira, 2 de junho, Paredes prestou homenagem a um dos artistas vivos mais ilustres do concelho, falamos de Henrique Silva. O artista plástico, nascido em Castelões de Cepêda há 87 anos, nem precisou de estar presente em termos físicos na Casa da Cultura de Paredes (manifestou essa vontade, mas o seu estado de saúde não o permitiu), de tão omnipresente que esteve nas palavras de quem fez questão de o homenagear.
O tributo foi organizado pela Câmara de Paredes em conjunto com a companhia Astro Fingido e incluiu palavras de admiração e devoção ao artista e à obra que Henrique Silva deixa como legado aos vindouros, estando ainda vivo.
Para o presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, “a homenagem ao Mestre Henrique Silva é a melhor forma de perpetuar a obra do pintor que tem ligações familiares a Paredes”.
Assim sendo, através do painel de azulejo de Henrique Silva inaugurado na Casa da Cultura, a primeira ação do MAPPA, que na ocasião, Beatriz Meireles, responsável pelo Pelouro da Cultura da autarquia de Paredes, lembrou a propósito: “Henrique Silva estagiou com [Maria Helena] Vieira Silva”, e enfatizou em seguida “Uma forma de o homenagear, é ter uma obra do artista instalada em pleno centro da cidade”, concluiu. Tudo isto a propósito da de um painel de azulejaria, da autoria do artista, que a partir de hoje passa a figurar em pleno jardim envolvente da Casa da Cultura e cuja cerimónia de inauguração decorreu no mesmo momento.
Presentes no evento estiveram também Kiko Silva, filho de Henrique Silva e os representantes da Astro Fingido, Ângela Marques e Fernando Moreira, bem como Álvaro Azevedo, em representação da Cooperativa Árvore do Porto. Todos eles evocaram a figura e o percurso do homenageado nas suas intervenções. O labor na Cooperativa Árvore, as oficinas inéditas que aí dinamizou, e a também estreita colaboração com a Bienal de Cerveira, foram de igual modo evocados.
Kiko Silva evocou também o progenitor, e deixou uma mensagem a preceito: “Investigação, Inconformado, experimentalista, desafiador, são apenas algumas palavras que elevam o trabalho do meu pai a uma procura incessante e à contínua experimentação, onde ao contrário do que seria de esperar, aí sim, encontra a sua zona de conforto. Não existe um Henrique Silva, existem múltiplos Henrique Silva!”
Projeto Mappa 21 – Novas coordenadas para a Cultura no concelho de Paredes
Em foco esteve também o Mappa 21, um projeto de programação cultural em rede, que versa a música, as artes e o património, a realizar entre junho e outubro do presente ano no território concelhio de Paredes. Alexandre Almeida, presidente do Município sublinhou o desígnio-base subjacente ao Mappa 21: “Queremos criar públicos para a cultura. Queremos ter a Cultura a fervilhar aqui em Paredes”.
O autarca destacou igualmente a descentralização das iniciativas culturais do MAPPA, além de Paredes, sede do concelho, durante cinco meses a programação vai passar por Gandra, Lordelo, Baltar, Vilela, Rebordosa, Cete, Louredo e Sobrosa, entre outros locais.
“Cada vez mais é de sublinhar o trabalho em rede envolvendo os diversos agentes culturais, nomeadamente as nossas associações locais que dão um grande contributo para a diversidade cultural de Paredes e para o desenvolvimento de novas atividades culturais”, referiu Alexandre Almeida.
“Vão existir muitas surpresas, isto para podermos atrair o denominado ‘público cultural’ ao Concelho”, adiantou Beatriz Meireles, Vereadora da Cultura da Câmara de Paredes adensando a curiosidade suscitada pelo Mappa 21. “Um projeto dentro do Projeto Cultural do Município”, concluiu. Por seu turno, pela Astro Fingido, a entidade de quem depende a coordenação e conceção artística do Mappa 21, Fernando Moreira e Ângela Marques destacaram no todo a programação e garantiram: “A circulação dos eventos pelo território é garantida” e algo que não é de somenos importância: “A programação tem a colaboração de artistas e associações locais.”
O objetivo principal do Mappa é tornar mais fácil o acesso e a participação da população residente, assim como de turistas e visitantes, em práticas culturais e artísticas diversificadas, que promovam experiências diferenciadoras, em contextos de interacção com o património cultural e natural do território.
Para saber mais sobre as atividades do Mappa 21, é só visualizar o calendário da programação:
JUN
02 de JUNHO (quarta) 12H – INAUGURAÇÃO AZULEJARIA – HENRIQUE SILVA – Palacete da Granja/Paredes (Lançamento da Programação)
13 de JUNHO (domingo) 11H – INAUGURAÇÃO MUSEU MÓVEL – PATRICK HUBMANN – Parque José Guilherme/Paredes
19 de JUNHO (sábado) 21,30H – CONCERTO FALADO – NICKELHARPA – Mosteiro de Cete (Ângela Marques)
JUL 24 de JULHO (sábado) 21,30H- CONCERTO FALADO – GUITARRA – Vilela (Fernando Soares)
21 de JULHO (quarta) 18H – INAUGURAÇÃO MUSEU MÓVEL DA CIDADE – PATRICK HUBMANN – Gandra
AG 7 e 8 de AGOSTO (sábado e domingo) – TORNA-VIAGEM – MENA GIGANTE (8 apresentações)
14 de AGOSTO (sábado) 21,30H – CONCERTO FALADO – NICKELHARPA – Torre dos Alcoforados (Ângela Marques)
17 de AGOSTO (terça) 18H – INAUGURAÇÃO MUSEU MÓVEL DA CIDADE – PATRICK HUBMANN – Rebordosa
SET 06 de SETEMBRO (segunda) 18H – INAUGURAÇÃO MUSEU MÓVEL DA CIDADE – PATRICK HUBMANN – Lordelo (ATÉ 30/9)
10 de SETEMBRO (sexta) 21,30H – CONCERTO FALADO – GUITARRA – Baltar (Fernando Soares)
25 de SETEMBRO (sábado) 21,30H – TEATRO – O QUE FICOU – Quinta do Sobrado de Cima/Louredo
OUT 08 de OUTUBRO (sábado) 21,30H – TEATRO – O QUE FICOU – Casa da Torre/Sobrosa