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Primeira edição do Aldear terminou encontros comunitários nas aldeias da região

por admin

Último encontro decorreu ontem, dia 1, em Lousada

Estão concluídos os encontros comunitários da primeira edição do projeto intermunicipal Aldear. Para trás fica uma itinerância que deixa uma marca no tempo, no espaço e na vivência de cada uma das comunidades das 11 aldeias e bairros que integraram este projeto. Durante 7 fins de semana – de 5 de junho a 1 de dezembro –, 11 aldeias e bairros foram as âncoras de uma viagem pelo Douro, Tâmega e Sousa, pontuada por 11 encontros comunitários, 33 processos artísticos, envolvendo 15 estruturas artísticas de várias partes do país e mais de 40 coletividades culturais, recreativas, desportivas e sociais da região, e comunidade dos 11 municípios da região.

Congregar, povoar, estabelecer, reunir e usufruir são os sinónimos da experiência que se viveu nesta primeira edição do Aldear, um projeto um projeto artístico multidisciplinar, focado na inclusão pela arte, centrado nas pessoas, que conseguiu envolver, de uma forma geral, toda a comunidade das aldeias e bairros por onde foi passando. Com o Aldear voltou-se a criar hábitos de ocupação da rua e recuperou-se o espaço público vivido e partilhado, recriando-se os “encontros naturais”. 

O envolvimento de 15 agentes artísticos especializados no trabalho com a comunidade contribuiu para a criação efetiva de redes robustas de valorização das pessoas. Mais do que desenvolver 33 processos artísticos com a população ou 11 dias de encontros comunitários, o Aldear pretendeu agitar e dinamizar, durante o seu período de aplicação, o público-alvo – os seniores – e, de uma forma geral, toda a comunidade daqueles locais, potenciando a materialização de um projeto com contexto comum aos 11 municípios, que possibilitasse a valorização da identidade intermunicipal e a coesão territorial. 

Foram vários os grupos e comunidades locais de cada concelho que aceitaram o convite para esta visita entre a memória de cada aldeia, marcada muitas vezes pela desertificação e o envelhecimento das comunidades mais rurais, e o reencontro entre pessoas de todas as gerações, guiada por propostas artísticas de reconhecido valor e com garantia de contribuir novamente para o sentido de pertença das populações envolvidas.

Nestes 11 dias foram criados lugares de convívio, partilhadas histórias, criadas atividades de valorização do conhecimento local e deu-se voz aos residentes de cada aldeia e bairro. Dado o valor cultural da paisagem local e sabendo que as aldeias não se encerram em si mesmas, pretendeu-se ativar a relação simbólica, os trânsitos locais e dar destaque a paisagens emblemáticas. Foram ainda desenvolvidas criações artísticas com a participação ativa da comunidade, que redundaram em percursos artísticos, oficinas, jogos e espetáculos de música e artes performativas. 

A celebração final – o encontro comunitário – foi apenas o resultado visível de um trabalho mais profundo, alicerçado na valorização do conhecimento local, que mostrou às comunidades que o que elas têm para dizer é importante e que aqueles lugares têm futuro, mas também mostrou aos artistas que aqueles lugares são matéria efetiva de trabalho.

Recorde-se que o Aldear aconteceu em Salvador do Monte, em Amarante, Teixeira, em Baião, Folgoso, em Castelo de Paiva, Arnoia, em Celorico de Basto, a Nespereira, em Cinfães, Jugueiros, em Felgueiras, o Bairro Doutor Abílio Alves Moreira, em Lousada, Santa Maria do Freixo, no Marco de Canaveses, Bustelo, em Paços de Ferreira, Luzim e Vila Cova, em Penafiel, e Talhada, em Resende.

O Aldear foi promovido pela CIM do Tâmega e Sousa, em articulação com os 11 municípios que a integram, no âmbito da operação Cultura para Todos – Tâmega e Sousa, sendo cofinanciado pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FSE – Fundo Social Europeu.

www.cimtamegaesousa.pt

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