O regresso do projeto Filarmonia (Re)visitada às coordenadas do Douro, Tâmega e Sousa faz-se sob o signo do sucesso de adesão ao projeto musical por parte do público. Essa foi também a imagem de marca deixada no último concerto, realizado em Lousada, no dia 12 de fevereiro. O legado melódico prossegue agora no concelho de Penafiel. Assim, a 19 de fevereiro, sábado, pelas 19h00, no âmbito do festival Inventa, terá lugar na Casa do Xiné – Centro Cultural, em Quintandona, Lagares, mais um concerto da Filarmonia (Re)visitada, ainda sob a coordenação do maestro Osvaldo Ferreira.
Depois desta visita a uma paragem marcada pela beleza rústica e rural que a Casa do Xiné oferece, o circuito do projeto pelo território do Douro, Tâmega e Sousa termina a 26 de fevereiro, com um concerto às 21h30, na Biblioteca Municipal Professor Vieira Dinis, em Paços de Ferreira, desta feita conduzido pelo maestro Francisco Ferreira, que dirigiu os concertos realizados em Cinfães e Resende. Importa relembrar que o acesso ao espectáculo, tal como em todas as iniciativas de programação do Inventa, é gratuito.

Deve realçar-se que os quase trinta músicos do Douro, Tâmega e Sousa que constituem a Filarmonia (Re)visitada foram selecionados pelo maestro e têm vindo a desfrutar da oportunidade de se poderem afirmar em cinco palcos distintos – Resende, Cinfães, Lousada, Penafiel e Paços de Ferreira.
O “manto musical” que cobre o território nesta temporada do Inventa promete deixar uma herança de interesse e curiosidade para os jovens da região, consolidando por um lado a formação da matéria humana já existente no meio e que se tem vindo dedicar à atividade instrumental e por outro a esperança convicta de que mais aptidões embrionárias, outras vocações para o meio instrumental e musical no seu todo, possam despertar. Este é o maior dos desafios do projeto Filarmonia (Re)visitada.
Integrado numa narrativa mais vasta que festival Inventa contempla, o projeto Filarmonia (Re)visitada resulta do desafio lançado por dois maestros que se traduziu numa seleção de músicos emergentes do território a partir das associações e bandas filarmónicas regionais e locais, afinal as estruturas onde uma parte substancial dos jovens desperta para o fenómeno musical no nosso país.
Como complemento essencial à filosofia subjacente ao conceito desta ação em concreto visada pela Filarmonia (Re)visitada, pode sublinhar-se que: “O contexto dramatúrgico concorre com os objetivos de exploração da história do território intervencionado, potenciando abordagens contemporâneas e inusitadas ao repertório habitualmente interpretado pelas bandas filarmónicas”. A este desígnio da organização junta-se a convicção de que a ação em causa pode constituir “um claro projeto de capacitação e potenciador do legado através da mediação cultural”.
O festival Inventa tem ainda muito para oferecer no domínio da programação em 2022: o Ciclo de Circo Contemporâneo no Património, a decorrer em março, o Ciclo de Performance Visual Musicada, em abril, e ainda o Projeto Comunitário Intermunicipal: A Festa, em maio.
Convém relembrar, antes de mais, até para se perceber o alcance, que o Inventa se desenvolve numa área geográfica correspondente a 14 municípios, potenciando o desenvolvimento de uma rede de programação ampla, dispersa e inclusiva, num território com uma população de aproximadamente 543.000 habitantes que inclui os seguintes concelhos: Amarante, Baião, Cabeceiras de Basto, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Mondim de Basto, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende.

O Inventa é um projeto promovido no âmbito da operação Cultura em Rede – Tâmega e Sousa, sendo cofinanciado pelo NORTE 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.