Para a Águas de Paços de Ferreira (AdPF), não há nada que justifique a rescisão do contrato de concessão de água e saneamento estabelecido com a Câmara em 2004. A empresa mostra-se, aliás, disponível para procurar soluções consensuais, de forma a “evitar custos inerentes a processos de conflito”.
Em comunicado, a concessionária refere que, ao contrário do que a Câmara alega, a estrutura acionista da empresa mantém-se inalterada desde a formalização do contrato e que é “composta por empresas portuguesas com décadas de reconhecida experiência no setor”. E acrescenta: “as duas empresas acionistas, Hidurbe e Plainwater (antiga Somague Ambiente), são, por sua vez, detidas, desde abril deste ano, pela Indaqua – outra empresa portuguesa com mais de 25 anos de experiência no setor e responsável pelo abastecimento, só em Portugal, a mais de 600 mil habitantes”.
Para além disso, a AdPF diz ter investido, nos últimos 18 anos, mais de “60 milhões de euros nas redes públicas de abastecimento de água e de saneamento de Paços de Ferreira”. O que, segundo a mesma fonte, permitiu aumentar a capacidade de cobertura de 32 para 95% no município.
Mais: a empresa lembra que “alguns dos incumprimentos agora alegados publicamente foram inclusive já apreciados e rejeitados em tribunal arbitral”. Assim, diz mesmo, “não existe qualquer incumprimento contratual ou legal por parte das AdPF que justifique uma rescisão contratual”.
Fotografia de destaque no arquivo da valsousatv.sapo.pt