Trata-se da “maior exposição” do percurso de Agostinho Santos e é para “agitar consciências”. A garantia é dada pelo próprio artista, nas vésperas de inaugurar “Ao Contrário do Inferno”, na Casa da Cultura de Paredes.
Com curadoria de Valter Hugo Mãe, a mostra reúne trabalhos de desenho, pintura, escultura e livros de artista.
“Esta é a maior exposição que eu fiz, em termos de obras, porque é a que tem mais desenhos, devido aos livros de artista”, destacou Agostinho Santos.
Ao gabinete de comunicação da Câmara de Paredes, o pintor confessou que os livros de artista são um dos “mundos” que mais aprecia e que para esta exposição juntou 128 obras da sua autoria e ainda 27 de outros artistas.
No total, estão reunidas mais de 200 obras, contando também com as esculturas e pinturas.
Para Valter Hugo Mãe, “Ao Contrário do Inferno” surge como uma forma de “meditar sobre a questão do Paraíso, uma vez que as obras de Agostinho [Santos] surgem a partir de um ponto de vista do acidente, do defeito, do erro (…) e, por isso, é como se estivesse a discursar sobre o Paraíso, mas inevitavelmente, tem um pouco a sensação de que nós estamos com um pé no Inferno”.
Agostinho, por sua vez, corrobora a ideia e diz esperar “denunciar”, com a sua arte, “os estragos que o Homem causa”. O artista explica que tudo o que tem feito nos últimos anos é uma tentativa de chamar a atenção, de denunciar para o lado errado do mundo.
“Quero agitar as consciências das pessoas e contribuir para uma reflexão sobre o tema da atualidade, as injustiças sociais, as desigualdades, entre outros”, conclui.
Valter Hugo Mãe aproveitou ainda para realçar que a exposição terá um caráter bastante intimista, por força dos livros de artista, que são obras próximas de um diário.
A exposição “Ao Contrário do Inferno” é inaugurada este sábado, dia 21, e ficará patente até ao dia 5 de março. O horário de visitas é de segunda a sexta-feira das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 e aos sábados e domingos das 10h00 às 12h30 e das 14h30 às 17h00.
Créditos imagem de destaque: C. M. Paredes