Foi inaugurada, esta segunda-feira, a exposição dedicada à vida e obra do escritor angolano Pepetela, em Benguela (África). A homenagem, semelhante à que aconteceu em 2018 na cidade de Penafiel, no âmbito do Escritaria, marca a internacionalização deste festival literário em países de língua portuguesa.
Numa nota partilhada nas redes socias, a autarquia dá conta da alegria e emoção do escritor na cerimónia inaugural desta manhã.
”O sentimento de gratidão para com o Escritaria permanece. É de louvar a missão deste festival literário. Esta internacionalização é muito importante (…). É bom haver coisas novas e este evento chegar a Benguela comove-me particularmente”, terá dito Pepetela.
Além de Benguela, cidade de onde é natural o escritor angolano homenageado, a exposição vai conhecer outras paragens, nomeadamente Lubango, Undjiva – Cunene e Luanda.
A organização desta parceria com Angola, junta a Câmara Municipal de Penafiel e o Instituto Piaget, local onde o evento foi inaugurado e que está aberto a estudantes e à população em geral.
À semelhança do Escritaria em Penafiel, a exposição no campus revela frases do escritor espalhadas, materiais portáteis de literatura, música, declamação de textos do escritor homenageado, entre outras iniciativas.

Em comunicado, o presidente da Câmara Municipal de Penafiel relembra a edição dedicada ao escritor, em 2018, e destaca esta “nova fase da vida da Escritaria, já com 15 anos de existência, mas que se reinventa permanentemente, neste caso com a internacionalização pelos países de língua portuguesa”.
A autarquia dá ainda relevo ao apoio do empresário penafidelense António Carvalho, que se encontra instalado em Benguela, para, a partir daí, dar apoio ao nível da logística e das estruturas colocadas na exposição. Citado, o empresário refere que este é um desafio “muito gratificante”, além de ser uma “alegria” ajudar a trazer para Angola um evento que é da sua terra natal.
Por sua vez, para Ana Pérez, coordenadora deste projeto em parceria com o Instituto Piaget, defende que “faz todo o sentido realizar este tipo de promoção da língua portuguesa e da literatura, desde logo porque o fundador do Instituto era poeta e filósofo e depois porque estamos presentes, no ensino, em inúmeros países de língua portuguesa e esta língua que nos une é um património cultural absolutamente distinto”.
Já o presidente da Associação Instituto Piaget de Angola, Mário Rui Ferreira, refere que “copiar” o Escritaria de Penafiel é “tão só a obrigatoriedade de reativar e incentivar o prazer da leitura de um bom livro, em especial de bons autores da língua portuguesa.”
Créditos imagem de destaque: C. M. Penafiel