A investigação desenvolvida pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), depois da recolha de dados nos concelhos da região do Douro, Tâmega e Sousa, concluiu que a prevenção é a estratégia “mais eficiente” no combate aos ninhos de vespas asiáticas, uma espécie extremamente invasora.
Os resultados obtidos demonstraram ainda que, no que diz respeito à instalação de armadilhas primárias, os ataques foram “menos intensos no verão, enquanto a utilização de harpas elétricas permitiu diminuir o número de ataques e a intensidade dos mesmos”.
Paralelamente, a investigação procurou identificar um processo de inativação de ninhos que pudesse resultar em contexto rural de difícil acesso. Foi então desenvolvido um composto biológico específico para o combate à vespa velutina, que, entretanto, a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa já adquiriu para os 11 municípios que a integram.
Todas estas conclusões foram conhecidas na passada sexta-feira, em Baião, numa sessão promovida pela própria CIM do Tâmega e Sousa. O presente estudo foi encomendado em 2021 à UTAD, uma vez que a região continua a ser uma das mais afetadas a nível nacional por esta espécie invasora.
“A investigação permitiu ainda aferir a necessidade de tanto as ações de prevenção como as de inativação dos ninhos ocorrerem ao longo de todo o ano, em função do ciclo biológico da espécie, e de mesmas serem executadas por profissionais creditados, pelo que será importante equacionar a criação de um curso de formação profissional creditado para agentes utilizadores dos dispositivos de inativação de ninhos”, resume aquela entidade, em comunicado.