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Perigo ambiental! Vamos reduzir o excesso e a duração da iluminação pública noturna?

por Rafael Ferreira
Rafael Telmo Ferreira Opinião Vale do Sousa TV
Rafael Ferreira
Professor na área das artes e tecnologias, licenciado em Educação, Comunicação Audiovisual e pós-graduado em Tecnologia Educativa. Apaixonado por cinema, imagem, animação e artes.

Já se questionaram sobre os efeitos da iluminação exagerada e desnecessária durante a noite?
Alguém consegue dormir tranquilamente com uma luz intensa acesa num período que deveria ser de descanso? Para não falar da moda da luz branca em vez da luz âmbar ou amarelada, como no tempo das lâmpadas de filamento, no tempo dos nossos avós.
Já é sabido que a luz demasiado azul afeta a qualidade do sono. A luz branca existe na natureza emitida pelo sol ao meio-dia, numa temperatura de cor de 5.600 graus Kelvin. Já ao amanhecer ou anoitecer, essa temperatura baixa para os 2.700 graus Kelvin, resultando num tom mais amarelado/laranja. Basta olhar para a natureza e segui-la.

Temperatura de cor em graus Kelvin de manhã, ao meio-dia e ao por do sol

Mas, voltando aos efeitos da luz sobre os seres vivos, questiono-me: os animais e as plantas não estarão a ser negativamente influenciados pela iluminação pública permanente? Luz branca, demasiado intensa e, muitas vezes, desnecessária.
Sim, há estudos que o dizem, basta fazer uma pesquisa na Internet sobre a influência negativa em qualquer ser vivo.
Mas não vou falar muito mais sobre isso, vou apenas questionar e dar sugestões.

Na minha rua, durante anos, houve iluminação pública suficiente, mas com a mudança para luz LED, a cor da luz alterou-se e a sua intensidade aumentou estrondosamente. Pergunto-me: há necessidade? Na minha humilde opinião, digo que não. Os pássaros que dormiam na árvore ao lado também diriam que não, pois eles também não quereriam dormir com tanta luz. Para não falar da coruja, que já não ouço piar, ou dos morcegos, que já não vagueiam pelos ares. E a árvore exposta a essa luz? Porque ela também é sensível à luz, assim como as outras plantas envolventes, que sincronizam o seu ritmo biológico entre o dia e a noite. A noite, que não deveria ter luz artificial, apenas o luar.

Então, se essa luz é desnecessária, por que não reduzir a sua intensidade ou até eliminá-la? Será necessário manter essa intensidade de luz durante toda a noite? Haverá alguém que realmente usufrua dela? Será útil ou prejudicial?
Seria interessante ver que, conforme a necessidade, as luzes noturnas das estradas fossem reduzidas. Para quê tanta luz nas ruas desertas?

Haverá necessidade de tanta emissão de luz? Poderia a determinada hora diminuir o número de postes de iluminação?

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