Amarante prepara-se para receber um inédito Ciclo de Cinema de Direitos Humanos, entre 10 e 24 de novembro, destacando-se como o primeiro do género em Portugal. A iniciativa, promovida pela Associação Grande Coisa, em parceria com o Município de Amarante e o Cineclube de Amarante, tem o objetivo de alertar para o retrocesso civilizacional face aos conflitos bélicos, desigualdades sociais, alterações climáticas e crises territoriais, aponta a organização. A programação conta ainda com o apoio da Delegação da Ordem dos Advogados de Amarante.
O ciclo trará filmes, mesas-redondas e uma exposição fotográfica do prestigiado fotojornalista brasileiro Sebastião Salgado, sendo todas as atividades gratuitas e abertas ao público, aos domingos às 16h00.
No dia 10 de novembro, o evento abre com a exibição de “O Outro Lado da Esperança” de Aki Kaurismäki, no Cinema Teixeira de Pascoaes, com a presença do realizador finlandês para uma conversa pós-filme. A 17 de novembro, o cinema exibe “Eu Capitão” de Matteo Garrone, seguido de uma conversa com a médica humanitária Ana Paula Cruz, da Human Borders. A 24 de novembro, “O Sal da Terra”, de Wim Wenders e Juliano Salgado, será exibido no Amarante Cine-Teatro, e contará com uma mesa-redonda moderada pelo engenheiro ambiental João Joanaz de Melo e a jurista Lígia Carvalho Abreu.
A 9 de novembro, a Biblioteca Municipal Albano Sardoeira recebe, às 17h00, a inauguração da exposição fotográfica “O olhar de Sebastião Salgado. Ecos de Êxodos”, promovida pela Associação Grande Coisa e com curadoria de Paulo Rafael, educador e historiador brasileiro que colaborou com o fotógrafo. A exposição ficará patente até 30 de novembro e contará com 53 fac-símiles de fotografias, agrupadas em cinco séries temáticas, que abrangem desde “Retratos de Crianças” até “Refugiados e Migrantes”, explorando a luta pela sobrevivência e os impactos das megacidades.
“A exposição Êxodos de Salgado, que já esteve em Portugal há 24 anos, permite uma reflexão necessária sobre os avanços e retrocessos das questões humanitárias retratadas ao longo das últimas décadas”, afirma a Associação Grande Coisa. “Com esta mostra, queremos agregar ideias e fomentar discussões, criando ecos de consciência coletiva”, conclui a organização, sublinhando a importância da cidadania ativa e do despertar de consciências para as crises contemporâneas.