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Jubileu 2025

por Joaquim Luís Costa
Joaquim Luís Costa opinião Vale do Sousa TV
Joaquim Luís Costa
Licenciado em Ciências Históricas, mestre e doutor em Ciência da Informação. Historiador.

Ao longo da história da Igreja, e deste modo da história do Homem, porque não há Igreja sem crentes, foram vários os anos jubilares. 2025 será o 27.º Ano Santo.

Por solicitação do povo de Deus, o primeiro Ano Santo realizou-se no ano de 1300. Após este Jubileu, o intervalo de tempo para as celebrações foi estabelecido pelo Papa Bonifácio VIII para cada 100 anos. Todavia, a sua frequência variou conforme as circunstâncias histórico-religiosas. Por exemplo, após uma petição dos Romanos ao Papa Clemente VI, em 1342, o período passou para 50 anos. Mas, em 1389, em memória do número de anos de vida de Jesus Cristo, o Papa Urbano VI quis estabelecer um novo ciclo para cada 33 anos e exortou um Jubileu para 1390, que foi celebrado, pelo seu sucessor, o Papa Bonifácio IX. O último a celebrar um Jubileu de cinquenta anos foi o Papa Nicolau V, em 1450. Foi o Papa Paulo II a determinar o período de 25 anos e, em 1475, um novo Ano Santo foi celebrado por Sisto IV. Desde então, os Jubileus ordinários celebram-se a cada 25 anos. Todavia, têm existido celebrações suplementares. O último Jubileu extraordinário decorreu de 29 de novembro de 2015 a 20 de novembro de 2016.

O Ano Santo de 2025 será o 27.º Jubileu ordinário e coincide com os 1700 anos do Concílio I de Niceia (de 20 de maio a 25 de julho de 325), que abordou a data da celebração da Páscoa.

O Jubileu é um momento de reconciliação do povo com Deus, em que a missão é colocar Deus no centro da nossa existência, movendo-nos em direção a Ele e reconhecendo a Sua primazia. 

Como o Jubileu é um evento do povo, o Jubileu 2025 vai ao encontro desse espírito com o lema Peregrinos da Esperança

Convém referir que este Jubileu tem atividades religiosas, obviamente, mas inclui atividades culturais e tem uma dimensão ecuménica, universal, com templos de outras comunidades cristãs. Inclui uma rota na cidade de Roma, designada de “Europa em Roma”, com paragens em 28 igrejas e basílicas, todas ligadas a países europeus por razões culturais ou artísticas ou por uma tradição de acolhimento de peregrinos de um determinado país da União Europeia. A Igreja de Santo António dos Portugueses é a igreja que representa o nosso país.

Em Portugal, cada Bispo Diocesano designou as “Igrejas de Peregrinação Jubilar”, uma ou várias por vigararia. Por exemplo, para a diocese portuense, que é aquela que abrange mais concelhos na sub-região do Tâmega e Sousa, os espaços religiosos com este título são as igrejas de São Gonçalo (Amarante), a de São Bartolomeu de Campelo (Baião), a de São Domingos da Serra (Castelo de Paiva), a de Santa Eulália (Paços de Ferreira) e a do Divino Salvador de Castelões de Cepeda (Paredes); os santuários de Santa Quitéria (Felgueiras), do Menino Jesus de Praga (Marco de Canaveses) e o da Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos – Igreja do Sameiro (Penafiel); e a Capela do Senhor dos Aflitos (Lousada). 

O Ano Santo iniciou-se em Roma, a 24 de dezembro de 2024, com a abertura simbólica da Porta Santa da Basílica de São Pedro pelo Papa Francisco. Terá dois encerramentos: a 28 de dezembro de 2025, proceder-se-á ao encerramento nas igrejas diocesanas e a 6 de janeiro de 2026, será o encerramento da Porta Santa da Basílica de São Pedro.

Como a maior parte dos concelhos da nossa sub-região pertencem à Diocese do Porto, recomendo, como leitura, o designado “Glossário para a celebração do Jubileu 2025”, editado pela diocese sobre este evento e que está disponível no sítio eletrónico da instituição.

Bom Ano Santo!

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