Foi consignada no dia 16 de setembro, na Estação da Régua, a empreitada de eletrificação do troço da Linha do Douro entre Marco de Canaveses e a Régua, com um prazo de execução de três anos e um valor de 110 milhões de euros. Cerca de 21 quilómetros deste troço pertencem ao concelho de Baião.
De acordo com a Infraestruturas de Portugal (IP), a obra inclui a eletrificação integral do troço no sistema 25 kV/50 Hz, a reabilitação da via e da plataforma ferroviária, a supressão e automatização de passagens de nível, a modernização de estações e apeadeiros com acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, bem como a instalação de sinalização eletrónica avançada, telecomunicações GSM-R e controlo automático de velocidade.
Entre os trabalhos previstos destaca-se também o reforço estrutural de 40 taludes e a reabilitação de túneis, incluindo o Túnel do Juncal, com 1.600 metros, considerado o segundo mais extenso da rede ferroviária nacional. A Estação da Régua será alvo de beneficiações, com reformulação de salas de espera, bilheteiras, cafetaria e sanitários.
Segundo a IP, as obras implicarão interrupções noturnas de circulação de cerca de sete horas, estando ainda previsto o encerramento total do troço entre novembro e março, devido à complexidade técnica das intervenções. Será disponibilizado serviço de transbordo rodoviário, com pontos de paragem definidos em articulação com a CP e os municípios.
O valor global das intervenções ascende a 165 milhões de euros, ao incluir a instalação de uma nova subestação elétrica em Bagaúste, sistemas de informação ao público e videovigilância.
Este projeto integra o Plano de Modernização da Linha do Douro entre Caíde e Barca de Alva, que representa um investimento global de 460 milhões de euros.

Fotografias: CM de Baião